quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Negros sobem a serra pra fugir da escravidão da senzala


                                    Capítulo 3

        

                                      Nuno e sanxo vagueiam pela cercanias da serra da Barriga, ao sul de Pernambuco, pros lados das palmeiras, região depois conhecido como Palmares, não longe do mar, onde negros fujões montaram cabanas e vivem como se livres fossem, num local conhecido como quilombo. A invasão dos holandeses na capitania de Pernambuco ajudou a fuga dos negros dos engenhos. Aquele chão virou terra de ninguém. Os  batavos despacham pra região seus espiões. Querem conhecer os negros e seu quilombo. Ninguém confia em ninguém. Há temor e ódio espalhados pelos ermos daqueles caminhos perdidos entre a serra e o mar. Nuno, sanxo e neuzim combinaram irem os dois primeiros na frente, o terceiro mais atrás. Prepostos dos senhores de engenhos caçam negros pelas estradas,  colonos caçam holandeses que se aventuram por ali, e quem mais não conheçam ou saibam bem a procedência.

                                      Antes de se posicionarem com relação aos negros fujões e colonos, deixaram Joana numa pousada de beira de estrada, cuidando de umas crianças órfãs, exercitando seu lado mãe e acolhendo os amigos que de vez em quando apareciam prum pernoite regado a música e alegria. Os colonos volta e meia tentam invadir a fortaleza dos negros, que defendem seus domínios com a morte, se preciso, ajudados pela dificuldade dos invasores subirem a serra.
                                       Os negros de Palmares se aventuram aqui e ali em sortidas fora de seus territórios. Espreitam engenhos e fazendas a procura de negras para raptá-las, a maioria dos negros fujões são machos, se preocupam com a reprodução da descendência que garantirá no futuro as conquistas de hoje. Ajudam também na fuga de negros indecisos ou  medrosos. Ou tentam se antecipar a alguma ação ofensiva dos colonos ou capturar algum espião a espreitar suas defesas e ações.
                                     Uma patrulha de negros a frente um jovem conhecido pelo nome de Zumbi, descendente de princesa africana feita escrava e desembarcada em Recife tempos antes, nascido e criado ali mesmo no quilombo, conhecido por sua valentia e coragem, acompanha os passos de Nuno e Sanxo. Numa curva do caminho, atacam-nos  de surpresa, são seis negros fortes e ladinos. Nuno e sanxo são bons lutadores, desarmam os negros que estavam com paus e facões. O corpo a corpo é feroz, mas leal. Os negros em maior número, os imobilizam. Amarram-nos com cordas e fazem-nos prisioneiros. Tentam se explicar que  não estão a procura de negros fujões, um dos pretos entende sua língua, mas é inútil,  são levados pro quilombo, acusados de espionagem. Negros prendem depois Neuzim pelo mesmo motivo. São todos amarrados num tronco. Um negro quilombola de meia idade reconhece Nuno e Sanxo.
                                        - São do bem, podem soltá-los.
                                         Zumbi, que passava por perto interpela-o:
                                        - Como do bem?
                                        - Sim, quando fugia do engenho, um capitão do mato me encurralou num despenhadeiro. Eles atacaram o capitão do mato, que fugiu, quando os procurei para agradecer, tinham ido embora. Soltem-nos, são do bem.
                                            - E o outro? O outro deve ser conhecido deles, apesar de nativo.
                                            Zumbi  se aproximou de Nuno e sanxo, desamarrou os prisioneiros, chamou o negro que falava português. Com a ajuda desse negro, se entenderam. Zumbi gostou do jeito de Nuno e sanxo lutarem.  Neuzim falava a língua dos negros, se entendeu também com eles. Ficaram amigos. Ainda não poderiam sair do quilombo, por medida de segurança.  O negro que falava português propõe a Zumbi que os novos amigos espionem pros quilombolas nas aldeias e vilas dos colonos. Trato feito, trato aceito. Nuno, sanxo e neuzim são soltos. Zumbi os leva para conhecerem os outros chefes de mocambos. Os chefes mais velhos também acham temeroso  soltá-los. Devem ficar com eles por mais algum tempo. Os três ficam ajudando os negros em suas lidas diárias de defesa do arraial.
                                            No fim da tarde, exercitam luta com os negros mais novos, Zumbi a frente deles. Neuzim não é muito de luta, fica a conversar com o negros mais velhos.  À noite saem em patrulha na vigilância dos arredores dos mocambos. Ficam na espreita de qualquer movimentação de quem perambule por aqueles ermos em horas perdidas. Quando voltam pra casa se permitem conversar.
                                          Negro que fala português se aproxima de Nuno e sanxo. Esse negro foi criado e educado por um padre. Aos dezoito anos, fugira com outros negros de sua idade pro quilombo. Sabia ler e escrever e arranhava até um latim. Fora batizado pelo padre com o nome de Francisco, por ser dócil e pacífico como o santo que gostava dos bichos. Era um dos poucos negros com essas qualidades. Tinha curiosidade sobre os dois, Nuno e Sanxo, que inventavam estórias de que eram filhos de fazendeiros pras bandas do Recife, que tiveram seus engenhos invadidos pelos holandeses. No engenho invadido, contavam, todos foram mortos, inclusive os negros. Eram primos, estavam se preparando para irem pra Europa estudar, tiveram que fugir pra não morrerem. Neuzim era um nativo assimilado que vivia na fazenda, no meio dos negros e os acompanhou na fuga.
                                           Os negros acreditavam nas estórias deles. Alguns desconfiavam, Zumbi era um deles, achava aquela estória meio fantasiosa. Gostava de exercitar luta com Nuno, respeitava-o. De sanxo, que não era tão bom lutador quanto Nuno, desdenhava de Neuzim, tinha dó.  Só sabia conversar, achava. Depois de um mês no quilombo os três voltaram para a estrada.
                                           Volta e meia tinham problemas com os colonos. Neuzim, bom conhecedor daquelas trilhas e malicioso no trato com os colonos os orienta a se comportarem como se fossem ligados aos senhores e que estão à procura de negros fujões. Funciona. Despertam a curiosidade de quase todo mundo, mas são vistos como jovens filhos de alguns senhores de engenho, acompanhados por um criado nativo, à caça de negros fujões. Contam às vezes a mesma estória que contaram para os negros, são acolhidos pelos colonos, que se apiedam de suas situações, mas estão sempre andando dum lado pro outro. Às vezes param nas vilas. Bebem e se divertem nas tavernas, pernoitam nas estalagens de beira de estrada, conversam com todo mundo, sabem de tudo, vivem de pequenos biscates, tipo escrever carta pra quem deixou alguém em Portugal com saudade. Volta e meia vão pro quilombo em horas mortas por caminhos desconhecidos, relatar pros negros o que souberam e apuraram.
                                          Um belo dia alguém resolve tirar a limpo quem são aqueles três realmente. Denunciam-nos às autoridades do governo da província. São presos acusados de praticarem espionagem para os negros. Negam tudo. Neuzim diz aos colonos que conhece bem a geografia do quilombo, convence colonos que podem espionar os negros para eles. Nuno e sanxo concordam meio a contragosto. São soltos. Agentes duplos. Para os negros darão informações corretas. Para os colonos, não, combinam entre si. Até quando não se sabe.
                                         Com o passar do tempo as tentativas das autoridades pernambucanas de invadirem o quilombo se amiúdam, as expedições se sucedem, os negros se defendem como podem, rechaçam as investidas dos colonos. A guerra com os invasores holandeses chega ao final, os batavos são expulsos. Um grupo a menos interessado no fim dos mocambos. Após a expulsão dos holandeses, os quilombos crescem, prosperam, produzem arroz, milho, cana de açúcar, comerciam com as vilas e povoados próximos.
                                          O governo da província tenta se aproximar dos quilombolas. Um emissário do governador vai a Palmares propor um acordo ao rei Ganga Zumba. Está disposto a lhes tolerar a existência, desde que deixem de invadir as fazendas e engenhos na captura de outros negros e negras.  O rei Ganga Zumba vai a Recife com sua comitiva, aceita o acordo com o governador. Pelo pacto os negros nascidos no quilombo são livres, os que lá não nasceram têm que voltar pros engenhos de onde fugiram, se tornariam súditos do rei e receberiam terras para viverem e plantarem. O rei Ganga Zumba, conforme o combinado com o governador muda-se para a fazenda Cucaú. Zumbi não acompanhou o rei, preferiu ficar em Palmares. Zumbi e outras lideranças jovens dos negros não concordam com o acordo feito pelo rei.  A fazenda do rei Ganga Zumba é alvo freqüente de ataques dos colonos. O rei Ganga Zumba reclama do governador o cumprimento do acordo. Um dia é encontrado morto por envenenamento, ao seu lado uma caneca de um vinho feito de palmeira. A notícia chega a Palmares como uma bomba.
                                        Quem teria envenenado o rei Ganga Zumba?.   Nunca se soube. Os inimigos de Zumbi o acusaram de ter mandado envenenar o rei Ganga Zumba. Um dos negros mais chegados a Zumbi tinha uma irmã que servia no mocambo do rei.  Numa madrugada, Nuno, sanxo e Neuzim chegam ao quilombo. Há tensão no ar. Procuram Zumbi, que está em reunião num mocambo. Discute acaloradamente com os outros negros, a maioria jovens como ele. A morte do rei Ganga Zumba significa que os negros não obedecerão ao acordo feito com o governador da província.. Os negros se dividem, mas a necessidade de lutarem pra se defender os mantém unidos. O grupo liderado por Zumbi sai vencedor, assume o poder maior do quilombo, defendendo como única alternativa para a sobrevivência dos mocambos continuarem a guerra, continuarem raptando negras e negros das fazendas, recomeçarem a guerra interrompida. 
                                        A luta recrudesce. Expedições com a finalidade de acabar com o quilombo se organizam e se sucedem continuamente. A existência do quilombo é insuportável para os colonos e governo da capitania. Convoca-se um grande matador de índios, velho e destemido bandeirante, Domingos Jorge, o Velho, famoso por ter exterminado todos os nativos do vale do Piagohi. Naquelas bandas só sobreviveram os índios que fugiram pras selvas das matas fechadas do maranhão. O velho bandeirante era conhecido por sua crueldade. No caminho do Recife até Palmares ia recrutando quem achava pelo caminho, fosse quem fosse. Quem não quisesse lhe seguir, era morto, se índio. Os índios fugiam dele ao menor sinal de sua aproximação. Domingos Jorge tem numerosas tropas e muitos mantimentos e comanda assaltos freqüentes e devastadores a Palmares, queimando mocambos e plantações, matando mulheres, velhos e crianças. Faltam-lhe apenas os armamentos esperados do Recife, para desferir o golpe mortal nos palmarinos.
                                       Os negros se defendem bravamente. O agora rei Zumbi comanda a construção de uma enorme paliçada de tronco de madeira muito alta. Na frente da paliçada cava um fosso com armadilhas mortais para os que se aventuram a tentar escalar a paliçada. Morre muita gente de ambos os lados nos acirrados combates que se travam. A tarefa dos espiões Nuno, Sanxo e Neuzim fica mais arriscada. Neuzim, não muito bom de luta, se revela um excelente guia de matos e trilhas, tem olhos de gato e sua visão parece se aguçar na escuridão, à noite os três saem para a vigília das fortificações  do quilombo, farejam os acampamentos dos invasores, voltam pra casa com informações importantes. Durante o dia, quando não voltavam para o quilombo descansavam em redes armadas nas copas de árvores altíssimas,  idéia de Neuzim, que  Sanxo, meio gordinho e não muito acostumado a subir em árvores, odeia, mas é obrigado a fazer por imposição de Nuno, que se revela um excelente trepador de árvores, depois de alguns tombos sem grandes conseqüências. Zumbi passa a valorizar Neuzim. Os outros negros também  passam a respeitar mais aquele indiozinho meio preguiçoso metido a colono.
                                       Uma madrugada dessas encontram duas figuras semi-encapuçadas, perdidas no breu da escuridão. Uma jovem negra fujona e um jovem padre disfarçado de mulher. A negra servia na casa do bispo na cidade da bahia, o jovem padre resolvera atender o pedido dos negros, de terem assistência  religiosa para casamento, batizado e outros sacramentos. O padre viera a contragosto do bispo, que achava que lugar de negro era na senzala. Os dois fujões quase morrem de medo quando deram com os espiões, a muito custo se acalmaram. Sanxo a princípio ficou afoito e assanhado com a presença daquela jovem branca que descobriu depois ser o padre disfarçado. Nuno observava a tudo meio que rindo. Neuzim foi-se achegando com saliência pra negra fujona até baterem na fortaleza ao raiar do dia. No meio da negrada tinha que olhar pras negras como se fossem irmãs. A negra fujona quando viu o arraial coalhado de pretos, não sabia se ria ou se chorava.
                                      Foram recebidos como heróis. Naqueles dias houve trégua de combates mais duros. A negrada aproveitou pra casar e batizar os filhos. E comemorar do jeito que dava. O negro que falava latim não cabia em si de felicidade, ajudando o padre em sua função, ele que desde pequeno fazia aquilo. Fora um dos primeiros a casar com sua negrinha e batizar os três negrinhos que procriaram. Depois de tudo o padre não sabia se voltava pra Bahia ou se ficava no quilombo. A negra fujona já encontrara seu negro que fugira antes dela. Pra alegria maior de um padre fujão que resolvera levar a palavra de cristo pro bando de negros fujões. Ficara dividido entre a obediência aos superiores e sua consciência de cristão acima de qualquer circunstância.
                                      Preferira obedecer a sua consciência e seu coração.  Era jovem, o que faria depois de sua vida não importava tanto, levara alegria e felicidade àqueles seus irmãos de pele um pouco mais escura, isso bastava. Se sentia cristão, mais que padre. Não era totalmente branco, fôra resultado de fulminante paixão de um senhorzinho por uma negra que era ama de iaiá sua irmãzinha. Criado pelos avôs como um intruso na casa grande, menino fora pro seminário e lá ficara até se ordenar e virar padre auxiliar do bispo, enquanto o pai ia pra Portugal se formar doutor.
                                      A rotina dos espiões é pesada depois do cerco montado pelo bandeirante Jorge velho, que ergue uma outra paliçada em frente a dos quilombolas.
                                       Os canhões chegam do Recife. Jorge Velho prepara a batalha que decidiria a guerra. Nuno, Sanxo e Neuzim observaram e acompanharam a chegada dessas armas. Zumbi fica sabendo disso com antecedência por eles. Fortalece a defesa de sua paliçada. Grupos de negros invadem a paliçada dos invasores, matam dezenas deles. Tropas do bandeirante Jorge Velho começa a atirar com os canhões sobre a paliçada dos quilombolas. Os tiros de canhões dos bandeirantes fazem um estrago na cercas da paliçada, o quilombo é invadido, morte e destruição entre os negros que fogem para o despenhadeiro rumo ao mar.
                                       No sufoco da invasão Zumbi chama os três espiões. Encarrega-lhes de encontrar uma saída pelo desfiladeiro junto ao mar. Os sobreviventes da invasão terão que fugir por lá. Na caminhada até o desfiladeiro são cercados por uma patrulha de bandeirantes, presos são levados à presença de Domingos Jorge.
                                      - São espiões, senhor, traidores traiçoeiros, grita o lugar tenente do velho algoz de índios.
                                      - Degolem-nos sem piedade. Não, senhor, poderemos fazê-los falar...
                                      - Devem saber muito sobre os negros e suas defesas, deviam estar indo ao desfiladeiro descobrir uma saída para fugir.
                                      - Cuide disso, então, tenho mais o que fazer.
                                      Neuzim toma a frente dos amigos.
                                      - Estávamos indo pro Recife, trazer uma partida de pólvora.
                                      - Quem vos fornecia a pólvora?
                                      - Um comerciante...
                                      - Qual seu nome?
                                      - Não sabemos, temos amigos no Recife que cuidam e tratam diretamente com o comerciante.
                                      - Levem-nos a ele.
                                      - Com sua permissão, senhor.
                                      - Cuide pessoalmente disso, Martim, vociferou o velho bandeirante.
                                       Grupo de dez bandeirantes a frente Martim, parte para o Recife levando os prisioneiros. Andam um dia e uma noite, no segundo dia são cercados por grupo de índios bastante numeroso e armado. Os índios tentam dialogar com os bandeirantes, não se entendem. Reconhecem os três prisioneiros. Os índios tentam desamarrá-los, os bandeirantes em menor número mas armados de arcabuzes e facões, reagem. São massacrados pelos índios. Nuno, sanxo e Neuzim voltam para o quilombo junto com os índios que resolvem ajudar os negros dos palmares. Os índios sabem trilhas para a serra da barriga que os três não conheciam. No caminho encontram grupo de negros que fugiam do quilombo. Levavam consigo o rei Zumbi, ferido na perna.
                                        - Fomos massacrados, massacrados, gritava Zumbi. Destruíram nossas defesas, mataram toda a nossa gente, o rei negro sangrando e gemendo de dor, gritava desesperadamente.
                                         - Pra onde vão nessa marcha, rei Zumbi?
                                         - Pra serra dos Dois Irmãos, de lá poderemos refazer nossas forças.
                                         - E esses índios?
                                         - Nos livraram dos bandeirantes, fomos feito prisioneiro quando nos aproximávamos do mar, íamos sendo levados pro Recife.
                                         - Podem nos ajudar a chegar aonde quer ir.
                                         Assim chegaram à serra dos Dois Irmãos. Lá descansaram e cuidaram de suas feridas. Rei Zumbi ficou manco da perna ferida, mas comandava de lá a reorganização de sua gente. Nuno, sanxo e Neuzim continuaram a trabalhar para os negros. Tinham seus retratos pregados nas paredes de tavernas e estalagens das estradas daquelas paragens, eram procurado vivo ou mortos, juntamente com Zumbi, tinham suas cabeças postas a prêmio.
                                         Perambulavam pelas estradas em horas mortas, circulavam pelas vilas e povoados como zumbis invisíveis, protegidos apenas pela escuridão da noite. A caça aos negros fugidos do massacre continuava feroz. Um negro reconhecido como antigo morador do quilombo foi preso numa estrada próxima do Recife. Torturado revela o esconderijo de Zumbi. Levado até lá chega como se não tivesse sendo seguido de perto pelos seus captores. Chama por Zumbi. O rei negro aparece. Soares, era o nome do negro capturado, aproxima-se de Zumbi. Ao invés de abraçá-lo como costumava fazer, crava-lhe uma faca na barriga. O rei Zumbi mesmo ferido reage e mata um dos captores do negro que cercam o esconderijo. Um tiro de arcabuz põe por terra o rei Zumbi. Seu corpo é levado para Olinda, sua cabeça decepada é exposta à curiosidade pública como exemplo do que se faz com negro que se rebela. No dia seguinte a cabeça do líder negro some misteriosamente da estaca onde tinha sido colocada. Foi à última ação dos “proscritos” em favor de Zumbi.
                                      A cabeça de Zumbi voltara ao pó de onde viera.
                                      “Os Proscritos” ficam por ali disfarçados de artistas, aprendendo artes e instrumentos com negros e índios e brancos que lhes acolhem. Resolvem pegar a estrada rumo às minas gerais, onde dizem que o ouro brota da terra e pra onde todo mundo está indo.         

                                   








      




                                             

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